domingo, 1 de agosto de 2010
Ilusão.
A minha cabeça dói. Aperta, de uma forma insuportável. Sinto como se estivessem esmagando fortemente todas minhas ilusões. E isso dói, dói, dói. É insuportável você pensar que não terá mais em que se agarrar. Não terá um refúgio para se esconder quando o céu desabar e estrelas de lata ferirem suas mãos. Pressiono minha cabeça a fim de parar com essa dor que me dilacera por dentro. Pouco a pouco, arrancando cada parte de mim. Cada refúgio, cada memória que guardei a quatro chaves em minha mente, quando tivesse de desaparecer. E eu sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto, e com elas escorre alguma ilusão. Não, não deixem-nas ir. Eu preciso delas. Abro os olhos e encaro o chão, com seu piso enlamaçado e começo a entender. Viver de ilusões, é não viver.
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