quarta-feira, 20 de junho de 2012
Quando fui vento
O sorriso dela iluminava todo local por qual passava. Mas, ele não percebia. O modo como ela se movimentava, delicadamente, pisando com a ponta dos pés - tal como uma bailarina - era gentil aos olhos alheios. Menos aos dele, claro. Os cabelos compridos e sedosos caíam delicadamente sobre suas costas, como uma manta de linho. O cheiro de orquídeas escapava de sua pele, impregnando o local por qual ela passava. Mas, ele não percebia. Os seus olhos pareciam mar de chocolate, amêndoas tão castanhas que se alguém encarasse lá dentro deles, se perderia na imensidão. Menos ele. E cada dia ela se transformava em algo por ele; um dia era flor, n'outro era fruto, grão, terra, mar, pássaro, sereno. Mas, foi quando finalmente tornou-se vento, que pode tocar seus lábios em forma de brisa.
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Parabéns, Mayara. É simplesmente difícil, por mais paradoxo que isso possa parecer, escolher um dos seus textos como o melhor ou preferido. Todos que li são ótimos. Nem pense em parar. Continue...
ResponderExcluirAgradeço pelo carinho, obrigada.
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